segunda-feira, 16 de maio de 2011

A MORTE NÃO APAGOU A ESTRELA DALVA DE OLIVEIRA

O ADEUS DO POVO A DALVA
A morte não apagou a Estrela.

Três dias antes de morrer, Dalva pressentiu o fim e, pela primeira vez, em sua longa agonia de quase três meses, falou da morte. Ela tinha um recado para sua amiga Dora Lopes, que a acompanhou no hospital: “Quero ser vestida e maquilada, como o povo se acostumou a me ver. Todos vão parar para me ver passando. ”

A homenagem emocionante das pessoas que vararam a madrugada de 30 de agosto, quinta-feira, desfilando diante do caixão de Dalva de Oliveira, já anunciava que o último pedido seria cumprido, da forma mais espontânea. O frio da madrugada e a chuva de todo o dia de quinta-feira não bastaram para afastar a povo de sua estrela. Depois de mais de 17 horas de vigília em torno do corpo, exposto no hall do Teatro João Caetano, o povo carioca tinha ainda para dar a maior demonstração de seu amor pela cantora. Às 14h40min, o corpo de Dalva de Oliveira era trazido para fora do teatro, onde seria colocado numa viatura da Polícia Militar. Trinta mil pessoas acotoveladas na Praça Tiradentes começaram a chorar, algumas a acenar seus lenços, ninguém escondia emoções. Depois, o corpo de Dalva de Oliveira percorreria a cidade, a caminho do cemitério Jardim da Saudade, no subúrbio.

O cortejo atravessou mais de uma dezena de bairros da Zona Norte – onde se concentrava o grande público de Dalva – e, então, ela teve seu último pedido inteiramente atendido: Meio milhão de pessoas espalharam-se pelas calçadas dos bairros e subúrbios por onde o corpo passava. Às 17h50min – duas horas depois de ter deixado a Praça Tiradentes, onde fora velado – o corpo de Dalva de Oliveira chegava ao Jardim da Saudade, para o sepultamento.

Um único fenômeno serve para mostrar o quanto à morte de Dalva de Oliveira foi sentida por cada um dos milhares de admiradores que foram ver seu corpo durante as 17 horas de velório e, depois, no caminho para o cemitério. A presença de muitos artistas famosos não inspiraram os habituais pedidos de autógrafos, badalações e abraços. O próprio povo se encarregou de impedir que a hora do adeus a um de seus maiores ídolos fosse transformada em festa, sob qualquer pretexto.

Na manhã de quinta-feira, em meio à visitação, uma mulher começou a gritar assim que chegou junto ao caixão. Ela estava na fila havia mais de três horas e, quando teve a crise nervosa os policiais tentaram afastá-la. Peri Ribeiro, filho de Dalva, a reconheceu, porém, e pediu aos guardas que a deixassem ficar. Choraram abraçados durante vários minutos, Peri e Dona Vanda Machado de Abreu, uma antiga e querida secretária de sua mãe.

Uma jovem, bem vestida, conseguiu romper a vigilância dos policiais, invadiu o cordão de isolamento e fotografou o rosto de Dalva, no caixão. Depois explicou-se: Ela é Paulista, viajou para o Rio especialmente para o enterro de sua cantora predileta e não iria embora sem uma foto, como recordação.

Minutos antes de ser evacuado o “hall” do teatro João Caetano, para a saída do caixão, uma mulher humilde desmaiou, depois de uma crise de nervos. Foi segurada por várias pessoas e, quando acordou, ainda em transe, começou a cantar, alto, tentando imitar a voz de Dalva: “QUE SERÁ DA MINHA VIDA SEM O EU AMOR?”

Ninguém viu, nem sabe como apareceu dentro do caixão de Dalva o papel amarelado, a mensagem escrita a mão, em versos:

“Parte, Dalva querida
Com todo o seu esplendor
A arte triste do amor
Vais viver uma nova vida.
Foste o rouxinol que encantou
Com seu canto que admirava
a arte você amava
até que a morte a levou.”

Era uma folha arrancada de um caderno. Embaixo do poema o admirador ainda escreveu: A memória da cantora Dalva de Oliveira, oferece, sinceramente o compositor Arthur Silva. Rio, 31-08-1972.

Os versos do compositor desconhecido foram encontrados entre as flores do caixão por Dona Hedimar Martins, irmã do compositor Herivelto Martins, o primeiro marido de Dalva.

UM TRISTE ANIVERSÁRIO PARA A AMIGA EMILINHA.

- "Não podia ter recebido pior presente de aniversário. Eu sempre quis ter essa querida amiga a meu lado, mas não assim."

Emilinha Borba chorava sem parar, repetindo essas palavras. Ela acabara de sair de uma missa em ação de graças que seus fãs mandaram rezar, por seu aniversário, exatamente no dia do sepultamento de Dalva de Oliveira:

-Estive com ela pela última vez, há mais ou menos uma semana. Ela havia melhorado, parecia que ia vencer mais uma vez. Pegou minha mão, beijou-me carinhosamente e confessou que, assim que saísse da cada de saúde, venderia sua casa em Jacarepaguá, para se mudar. Queria viver em Copacabana, perto de seus amigos. Cheguei a fazer promessa para N. S. Aparecida, mas Deus preferiu assim.

O REPOUSO DA RAINHA!

A multidão que compareceu ao Teatro João Caetano para levar seu adeus a Dalva de Oliveira reflete a opinião geral: ninguém se conforma com sua morte.

No saguão do Teatro João Caetano, seu rosto continuava com uma expressão calma e o vestido cor-de-rosa sumiu entre as flores. As pessoas iam entrando, assustadas, mas sem pressa, olhos inquietos.

O corpo de Dalva de Oliveira veio pouco depois das oito horas da noite de quarta-feira para o teatro. Chegou numa camionete simples, da Casa de Saúde Arnaldo de Morais, em Copacabana, onde tinha falecido horas atrás (às cinco e quinze da tarde). Já havia fila nessa hora, mas somente pouco depois das dez horas, Mônica Vanda, a primeira a chegar ao saguão conseguiu ver o rosto da cantora, sem atender o pedido do policial que lhe explicava, com cuidado, que outros fãs também queriam olhar (um pouquinho só) para Dalva. Vanda mora em Petrópolis e fez questão de perdeu último ônibus do dia para ficar no velório, onde comentava coisas que ninguém entendia bem: “Tem que haver o espírito humanitário nessas horas, afinal de contas, mãe é só uma e não há dinheiro que compense a perda dela.”

O Carioca passou a madrugada velando o corpo da sua estrela, entrou pela tarde e só saiu para levá-la até o cemitério Jardim da Saudade, o maior cortejo fúnebre dos últimos 15 anos.

Ao lado do caixão, Dora Lopes, uma velha amiga da família, lembrava sempre que “Dalva todo o tempo que esteve hospitalizada nunca falou em morrer. Tinha esperança que venceria a doença que a consumia. Só uma vez referiu-se à possibilidade de morte, quando me pediu que, se morresse, gostaria que seu enterro saísse do salão da sua casa, em Jacarepaguá ”.

Nos últimos dias, seu estado de saúde estava bem melhor e ela chegou a brincar com um dos médicos do hospital, programando uma feijoada em sua casa, à beira da piscina.

Com a notícia da sua morte, os amigos começaram a aparecer no velório: Régis Cardoso, Paulo Silvino, Billy Blanco, Sadi Cabral, Daniel Filho, Felipe Carone, Paulo Padilha, Luciene Franco, Paulo Gracindo, Jerry Adriani, Rosemary, Rubens de Falco, Moacir Deriquem, Célia Biar, Nora Ney, Paulo Goulart, Kátia Regina (e outras chacretes), Heloisa Helena, Jairzinho, Clóvis Bornay, Mauro Rosas, Zeni Ferreira, Leni de Andrade, Dora Lopes, Raul Sampaio, Paulo Moreno além dos familiares.

Em seguida, as primeiras cinco coroas, envidas por Marcos Lázaro, Benil Santos, Roberto Carlos, Flávio Cavalcanti e Wilson Simonal.

Durante os primeiros trinta minutos de visitação, mais de 700 pessoas já tinham visto Dalva.

De repente, um grito histérico, um desmaio. O baiano Édson Martins de Oliveira, 23 anos de idade, auxiliar de escritório, mas atualmente desempregado, não agüentou a verdade da morte e caiu. Foi levado até as poltronas, onde Nilze Fernandes, Diretora do Museu da Imagem e do som, passava a fita de duas horas, gravada pela artista, para que “os jornalistas tenham um material melhor de pesquisa”. Édson voltou a si pouco depois, quando procurou Peri Ribeiro, filho de Dalva, para que ele colocasse uma folha de papel entre as flores, com alguns versos que tinha feito para ela. Peri disse que depois colocaria e o rapaz foi conversar com Elizeth Cardoso, que acabara de chegar, juntamente com algumas amigas. Ela trouxe muitas rosas vermelhas, fortes, e vez questão de espalhá-las pelo caixão.

- “Deus deveria era de me levar e não a Dalva. Deus por que o senhor levou a Dalva? Ela fez tanta coisa pela gente. Injustiça!”

A fala de Bráulio, um mulato que surgiu pelas três da manhã trazendo uma angélica e o último disco da cantora, quebrou o silêncio. Ele preocupou até a Nirinha Martins, sempre muito perto de Dalva, que foi obrigada com jeito, a leva-lo para mais perto do caixão, onde Bráulio ficou rezando, de joelhos:

- “Deus, guardai com cuidado a alma desta mulher. Amém.”




BIOGRAFIA DE DALVA DE OLIVEIRA

Vicentina de Paula Oliveira, conhecida como Dalva de Oliveira, (Rio Claro, 5 de maio de 1917 — Rio de Janeiro, 30 de agosto de 1972) foi uma cantora brasileira.

Filha de um carpinteiro mulato, Mário de Paula Oliveira, conhecido como Mário Carioca, e da portuguesa Alice do Espírito Santo Oliveira, Vicentina de Paula Oliveira nasceu em 5 de maio de 1917 na cidade de Rio Claro, São Paulo. Em 1935, no Cine Pátria, Dalva conheceu Herivelto Martins que formava ao lado de Francisco Sena o dueto Preto e Branco; foi terminado o dueto e nascia o Trio de Ouro. Iniciaram um namoro e, no ano seguinte, iniciaram uma convivência conjugal, oficializada em 1939 num ritual de Umbanda. A união gerou dois filhos: o cantor Pery Ribeiro e Ubiratan de Oliveira Martins. A União durou até 1947, quando as constantes brigas e traições por parte de Herivelto deram fim ao casamento. Matérias mentirosas publicadas por Herivelto, com a ajuda do jornalista David Nasser no "diário da Noite" fizeram com que o conselho tutelar mandasse Pery e Ubiratan para um internato, só podendo visitar os pais em datas festivas e fins de semana, e podendo sair de lá definitivamente com 18 anos. Dalva sofreu muito por isso. Em 1949, oficializaram a separação. Em 1952, depois de se consagrar mais uma vez na música mundial e ganhar o título de Rainha do Rádio, Dalva de Oliveira resolve excursionar pela Argentina, para conhecer o país e cantar em Buenos Aires. Nessa ocasião conhece Tito Climent, que se torna primeiro seu amigo, depois seu empresário e mais tarde, seu segundo marido. Com ele adotou uma filha chamada Dalva Lúcia de Oliveira Climent, a qual Dalva brigou na justiça pela guarda da menina, que fica com o marido, já que casada anos com ele, viviam brigando. Dalva era uma mulher simples, e Tito queria uma mulher fina e cheia de requintes, sempre pronta para atender a todos em cima do salto. Em 1963, Dalva de Oliveira e Tito Climent se separaram oficialmente. Ela volta para o Brasil sozinha e triste, sendo que a filha vai visitá-la nas férias, como os filhos que estão no internato. Mais tarde, ela conhece Manuel Nuno Carpinteiro, homem muitos anos mais jovem, que se tornaria seu último marido.

Carreira

De voz afinada, e bela, considerada a Rainha da Voz ou o rouxinol brasileiro, sua extensão vocal ia do Contralto ao Soprano. Em 1937, a Dalva gravou, junto com a Dupla Preto e Branco, o batuque Itaquari e a marcha Ceci e Peri, ambas do Príncipe Pretinho. O disco foi um sucesso, rendendo várias apresentações nas Rádios. Foi César Ladeira, em seu programa na Rádio Mayrink Veiga, que pela primeira vez anunciou o Trio de Ouro. Em 1949 deixou o trio, quando excursionavam pela Venezuela com a Companhia de Dercy Gonçalves. Em 1951 retomou a carreira solo, lançando os sambas Tudo acabado (J. Piedade e Osvaldo Martins) e Olhos verdes (Vicente Paiva) e o samba-canção Ave Maria (Vicente Paiva e Jaime Redondo), sendo os dois últimos grandes sucessos da cantora. No ano seguinte foi eleita Rainha do Rádio, e excursionou pela Argentina, apresentando-se na Rádio El Mundo, de Buenos Aires, na qual conheceu Tito Clement, que se tornou seu empresário e depois marido, pai de sua filha, como mencionado anteriormente. Ainda em 1951, filmou Maria da praia, dirigido por Paulo Wanderley, e Milagre de amor, dirigido por Moacir Fenelon.

No dia 18 de agosto de 1965, sofreu um acidente automobilístico na cidade do Rio de Janeiro, que resultou na morte por atropelamento de três pessoas.

Morte

Três dias antes de morrer, Dalva pressentiu o fim e, pela primeira vez, em sua longa agonia de quase três meses, falou da morte. Ela tinha um recado para sua amiga Dora Lopes, que a acompanhou no hospital: "Quero ser vestida e maquiada, como o povo se acostumou a me ver. Todos vão parar para me ver passando". Ela faleceu em 30 de agosto de 1972, vítima de uma hemorragia interna provavelmente causada por um câncer. A cantora viveu o apogeu nos anos 30, 40 e 50.

Mais informações

• Na primeira versão do filme Branca de Neve e os Sete Anões produzida pelos estúdios Disney, em 1938, Dalva de Oliveira dublou os diálogos da personagem Branca de Neve. As canções foram interpretadas pela dubladora Maria Clara Tati Jacome.


• Em 1974, Dalva foi homenageada pela escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz, com o enredo O Rouxinol da Canção Brasileira. Em 1976 a Escola de Samba Turunas do Riachuelo (4º escola de samba do Brasil - Juiz de Fora - Minas Gerais) foi tri-campeã do carnaval da cidade com o enredo Estrela Dalva, que foi homenageada de forma não biográfica, sendo o samba antológico na cidade.

• Em 1987 a Escola de Samba Imperatriz Leopoldionense levou para a Sapucaí o enredo "Estrela Dalva.

• Em 2002 o teatrólogo mineiro Pedro Paulo Cava produziu e dirigiu o o espetáculo teatral "Estrela Dalva", cujo sucesso rendeu ao elenco de 16 atores viagens por diversas capitais brasileiras e cidades do interior de Minas Gerais após quase dois anos em cartaz na capital mineira. Dalva foi interpretada por Rose Brant; Herivelto Martins por Léo Mendonza e Nilo Chagas por Diógenes Carvalho. O espetáculo foi baseado no livro de Renato Borghi e João Elísio Fonseca que foi adaptado por Pedro Paulo Cava. O elenco tinha ainda Diorcélio Antônio, Freddy Mozart, Rui Magalhães, Márcia Moreira, Leonardo Scarpelli, Felipe Vasconcelos, Libéria Neves, Jai Baptista, Ivana Fernandes, Patrícia Rodrigues, Meibe Rodrigues, Fabrizio Teixeira e Bianca Xavier. A produção executiva foi de Cássia Cyrino e Luciana Tognolli. Todo o elenco passou por meses de preparação vocal e corporal dando vida e emoção sempre aplaudidos de pé pelo público que lotava as sessões.

• A vida de Dalva de Oliveira foi retratada em janeiro de 2010 com a minissérie Dalva e Herivelto - Uma Canção de Amor, produzida pela Rede Globo. A atriz Adriana Esteves interpretou Dalva, enquanto o ator Fábio Assunção interpretou Herivelto Martins.

• Na cidade de Rio Claro tem uma praça em sua homenagem com nome de Dalva de Oliveira

Discografia

Álbuns de estúdio

• A Voz Sentimental do Brasil (1953)

• Dalva de Oliveira, Roberto Inglês e sua orquestra (1955)

• Os Tangos Mais Famosos na Voz de Dalva de Oliveira (1957)

• Dalva (1958)

• Dalva de Oliveira Canta Boleros (1959)

• Em Tudo Você (1960)

• Tangos (1961)

• Dalva de Oliveira (1961)

• O Encantamento do Bolero (1962)

• Tangos - Volume II (1963)

• Rancho da Praça Onze (1965)

• A Cantora do Brasil (1967)

• É Tempo de Amar (1968)

• Bandeira Branca (1970)

Coletâneas

• Grossas Nuvens de Amor (1972)

• O Amor É O Ridículo da Vida (1973)

• Dalva em Recital no Teatro Senac (1973)

• Dalva de Oliveira Especial, Vol. 1 (1982)

• Dalva de Oliveira - Série Os Ídolos do Rádio vol. V (1987)

• Trio de Ouro (1993)

• Saudade… (1994)

• Meus Momentos (1994)

• Dalva de Oliveira (1995)

• A Rainha da Voz (1997)

• Dalva de Oliveira e Roberto Inglez e sua Orquestra (2000)

• Bis - Dalva de Oliveira (2000)

• Canta Dalva (2006)

Dorival Caymmi e Dalva de Oliveira em frente à Igreja do Senhor do Bonfim, Salvador-BA.


Salvador-BA

Sucessos

• Brasil, Aldo Cabral e Benedito Lacerda (com Francisco Alves) (1939)

• Pedro, Antônio e João, Benedito Lacerda e Oswaldo Santiago (com Regional de Benedito Lacerda) (1939)

• Noites de junho, Alberto Ribeiro e João de Barro (1939)

• Valsa da despedida (Auld lang syne), Robert Burns, versão de Alberto Ribeiro e João de Barro (com Francisco Alves) (1941)

• Segredo, Herivelto Martins e Marino Pinto (1947)

• Errei, sim, Ataulfo Alves (1950)

• Que será?, Marino Pinto e Mário Rossi (1950)

• Sertão de Jequié, Armando Cavalcanti e Klécius Caldas (1950)

• Tudo acabado, J. Piedade e Osvaldo Martins (1950)

• Ave Maria, Jaime Redondo e Vicente Paiva (com Osvaldo Borba e Sua Orquestra) (1951)

• Palhaço, Osvaldo Martins, Washington e Nelson Cavaquinho (1951)

• Zum-zum, Fernando Lobo e Paulo Soledade (1951)

• Estrela-do-mar, Marino Pinto e Paulo Soledade (1952)

• Fim de comédia, Ataulfo Alves (1952)

• Kalu, Humberto Teixeira (1952)

• Confesion, Luis César Amadori e Enrique Santos Discépolo, versão de Lourival Faissal (1956)

• Lencinho querido (El pañuelito), Juan de Dios Filiberto, Gabino Coria Peñaloza, versão de Maugéri Neto (1956)

• Neste mesmo lugar, Armando Cavalcanti e Klécius Caldas (1956)

• Há um Deus (com Tom Jobim ao piano), Lupicínio Rodrigues (1957)

• Minha mãe, música de Lindolfo Gaya sobre poema de Casimiro de Abreu (1959)

• Rancho da Praça XI, Chico Anysio e João Roberto Kelly (1965)

• Máscara negra, Pereira Matos e Zé Kéti (1967)

• Bandeira branca, Laércio Alves e Max Nunes (1970)

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário